Violência e Não-Violência no nosso quotidiano
Descobrimos que o nosso quotidiano está repleto de exemplos de violência: desde o trânsito aos meios de comunicação social, da política à religião, passando pela fome e pelas discussões. Mas também se conseguem distinguir exemplos de actos não-violentos, bem perto de nós: sorrisos, religião, luta por um mundo melhor, disponibilidade para ouvir, respeito pelas diferenças, etc.
A discussão centrou-se mais nos pontos seguintes.
A não-violência define-se pela recusa da violência?
Por um lado a não-violência não pode recusar a violência porque esta está em todo o lado, é preciso reconhecer que ela existe e o próprio movimento de luta da não-violência pode exercer algum tipo de violência a outros. Mas, a verdade é que tornarmo-nos não-violentos é ser radical ao ponto de declarar que a violência não é precisa para nada, na medida que tudo o que faz mal não pode trazer o bem.
Para nós a não-violência também é mais do que a simples recusa da violência por exigir um estilo de vida de constante desinstalação, de questionamento, de fazer frente aos males do mundo de forma não-violenta.
Perante pessoas sem algum grau de consciência moral não vale a pena uma aproximação não-violenta?
Não há ninguém que não tenha nenhum grau de consciência grau de consciência moral. A opção pela não-violência não é só pelos objectivos que se podem alcançar mas pelo ideal em sim, não podemos assumir-nos não-violentos senão aceitarmos que a não-violência é a única forma de resolver muitos problemas do Mundo.
Existem sempre exemplos e condições específicas que nos fazem ficar com um pé atrás nas nossas esperanças, mas sabemos que isto é também um processo de aprendizagem e de nos conhecermos a nós próprios e aos outros.
A filosofia da não-violência tem sempre uma fonte religiosa ?
Claro que não é necessário termos fé para nos tornarmos não-violentos, mas é óbvio que a religião, como base de modelo de vida e questionamento da nossa espiritualidade ajuda os crentes a envolverem-se nestas questões. Também é verdade que as grandes religiões do mundo defendem terminantemente a não-violência.
Até que ponto a necessidade de ser bem sucedido nos leva a atitudes violentas para com os outros?
A competição é algo muito inerente no nosso dia-a-dia. Para nos podermos integrar na sociedade temos que seguir certos padrões. Muitas vezes essa necessidade leva-nos à violência, mesmo sem termos consciência. Podemos estar atentos e transformar esta competição em algo saudável que não magoe ninguém.
Como desafios no início desta descoberta salientamos a necessidade de procurar saber mais sobre a não-violência e mantermo-nos informados, questionarmo-nos no dia-a-dia sobre o que nos rodeia e sobre aquilo que fazemos, estudar melhor as causas da violência que encontramos para a poder compreender e saber combater.
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